27 de novembro de 2024

Sindicato dos Bancários participa do Dia de Luta pela queda dos juros

Atualmente taxa básica de juros (Selic) está em 13,75% ao ano
Foto: Sindicato dos Bancários

O Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região aderiu ao Dia de Luta e realizou
nesta terça-feira (21), no centro da cidade, um ato pela redução da taxa de juros.

A manifestação, que é organizada pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos populares,
acontece em várias cidades do Brasil para reivindicar a queda da taxa básica de juros (selic)
praticada pelo Banco Central (BC), que atualmente está em 13,75% ao ano. A manifestação também
pede a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF).

Os sindicalistas e os representantes dos movimentos populares entendem que a alta da taxa de juros
paralisa a economia e impede o país de crescer e gerar emprego decente, de distribuir renda e
facilitar o acesso ao crédito. Entendem ainda que o CARF precisa ter participação popular para
reduzir sonegação de empresas e aplicar recursos em investimentos em áreas como saúde,
educação, infraestrutura e programas sociais.

Durante o ato, bancárias e bancários distribuíram um material informativo para esclarecer à
população os impactos dos juros na vida dos brasileiros. Os juros altos, por exemplo, favorecem
quem já tem dinheiro investido, dificulta o acesso ao crédito, consequentemente reduz o consumo,
trava a economia, deixa o governo sem recursos para políticas sociais e ainda aumenta a dívida dos
que já estão endividados.

O presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira, disse que é papel do sindicato dialogar com a
população. “Uma taxa de juros a 13,75% não vai deixar o país crescer, não vai gerar empregos. País
nenhum no mundo pratica essa taxa tão alta, só o Brasil”.

Só em 2021, o Brasil pagou R$ 586,4 bilhões de juros, o que corresponde a aproximadamente 6%
do PIB. Significa que 6% de toda riqueza gerada no país foram destinados aos endinheirados
portadores de títulos públicos federais. O governo, em vez de investir em educação e saúde, gasta
com juros.

Países que estão garantindo crescimento como Estados Unidos, Suíça e Japão têm taxas de juros
reais negativas. Já o Brasil têm a taxa de juros mais alta do mundo. Não há nenhuma justificativa
para isso uma vez que o país não está sob ameaça de crescimento da inflação.

De acordo com a pesquisa da Genial/Quest, realizada em fevereiro, 76% da população concordam
com as críticas do presidente Lula ao Banco Central.

Ao povo, interessa um país que cresça, que gere emprego e renda, que coloque em prática, políticas
sociais para enfrentar a miséria e a fome.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Campos

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