A Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) alcançou novo recorde de doação de órgãos e transplantes realizados. Em 2022, os números foram os maiores da série histórica, iniciada em 2010. Após o recuo por conta da pandemia de Covid-19, no ano passado, ocorreram 1.152 notificações de possíveis doadores, 349 doações e 2.650 transplantes. O governador Cláudio Castro parabenizou as equipes e destacou as ações que têm contribuído para o sucesso do programa.
“Este é o resultado do investimento que o Governo do Estado tem feito na capacitação das equipes e na melhoria da estrutura para que essas doações tenham êxito. Colocamos um helicóptero dedicado ao programa, o que agilizou muito e deu maior eficácia ao sistema de captação e transplante no estado. Parabéns às equipes que vêm fazendo um trabalho sensível, em momentos tão delicados”, afirmou Castro.
Em uma doação pode haver captação de mais de um órgão. Por isso, o número total de transplantes é bem maior. Em 2022, foram realizados 2.650 transplantes, sendo 821 de órgãos sólidos, 172 de medula óssea, 549 de córnea, 93 de esclera e 1.015 tecidos músculo esqueléticos.
E mais vidas se renovam este ano. Somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2023, foram realizados 236 transplantes, sendo 121 de órgãos sólidos, 36 de medula óssea, 64 de córnea e 15 de esclera. O dado é reflexo de um trabalho que vem sendo realizado pelo Programa Estadual de Transplantes na capacitação das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que funcionam dentro das unidades de saúde. Atualmente, 160 comissões atuam em conjunto com a Central Estadual de Transplantes.
“A Secretaria de Estado de Saúde quer que o Rio de Janeiro seja referência e modelo para todo o Brasil em captação de órgãos para transplantes. Para isso não mede esforços e tem investido em aumento e capacitação de equipes que fazem a captação de órgãos nos hospitais. Todo esse esforço é fundamental para salvar vidas”, disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
As doações de órgãos no Brasil ocorrem de forma solidária e dependem do “sim” dos familiares. Levantamento da Central Estadual de Transplantes aponta ainda que o número de negativas, ou seja, quando as famílias informam que não desejam doar o órgão do familiar, vem caindo ano a ano. Em 2015, essa taxa foi de 43%. Em 2022, ficou em 35% das entrevistas realizadas. No primeiro bimestre de 2023, a taxa foi de 33%.
Para melhorar as condições do transplante no estado do Rio, a SES-RJ tem investido na melhoria da prestação de serviços. Em 2021, disponibilizou um helicóptero exclusivo para o transporte dos órgãos. A medida agiliza o processo, que é contado em horas para o sucesso. Em 2022, o helicóptero da Superintendência de Operações Aéreas (SOAer) transportou 145 órgãos para transplante.
Responsável por todo o processo desde a doação, transplantes dos órgãos e capacitação da rede de apoio, a Central Estadual de Transplantes credenciou em 2022 novos centros transplantadores e treinou equipes transplantadoras e de acolhimento às famílias enlutadas, que atuam na sensibilização sobre o gesto da doação de órgãos. No ano passado, o programa habilitou uma equipe para, depois de 15 anos, o Estado do Rio voltar a realizar transplante de pulmão. Com a medida, passou a ser um dos três únicos do país a realizar esse tipo de cirurgia.
Os transplantes no mundo todo foram afetados pela pandemia da Covid-19 e o cenário não foi diferente no Brasil, que também viu o número de captações e de transplantados reduzir. Embora em 2020 os dados no estado do Rio também tenham sofrido impacto pela doença, esses números já conseguiram alcançar os patamares anteriores à pandemia em 2022, marcando número superior ao registrado em 2020, que fechou em 1.936 procedimentos realizados, o mais baixo da série. No ano de 2021, foram 2.468 procedimentos realizados. Em 2019, foram 2.481 transplantes registrados.
Fonte: Governo do Estado