O Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado (SEPE-RJ) informou que a categoria decidiu continuar a greve em assembleia realizada na quinta-feira (18), no Largo do Machado, no Rio. Após a decisão, professores e funcionários administrativos das escolas estaduais protestaram em passeata até o Palácio Guanabara.
No início da tarde, a Coordenação Geral do Sepe teve audiência com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), com a presença da secretária Roberta Barreto, mas informou que não recebeu nenhuma contraproposta sobre o pagamento do piso salarial aos professores e funcionários. Além disso, o Sepe foi informado de que a PGE ainda está fazendo estudos da viabilidade do pagamento da própria proposta do governo.
O Sindicato avalia em até 80% o índice de paralisação da categoria, porém o percentual é questionado pela Secretaria de Estado de Educação. A próxima assembleia será na terça-feira, dia 23, às 14h, no Circo Voador (Lapa). Entre as principais reivindicações, os profissionais pedem a implementação do Piso Nacional nas carreiras dos profissionais da educação (professores e funcionários) como salário base e não como abono.
A manifestação dessa quinta-feira (18) teve a presença de caravanas de municípios de Teresópolis, Região dos Lagos, Itaguaí, Meriti, São Gonçalo, Petrópolis, Niterói, Maricá, Belford Roxo, Campos, todas as regionais da capital, Volta Redonda, Nova Iguaçu, Itaboraí, Paracambi, Mesquita, Maricá, Piraí, Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Levy Gasparian, Sapucaia, Duque de Caxias, Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo, Santo Antônio de Pádua, Itaocara, Tanguá, Rio Bonito, Valença, Porciúncula, Macaé, Mendes, Vassouras, região de Angra dos Reis, Seropédica, Queimados, Rio das Ostras e Casimiro de Abreu.
Secretaria analisa reivindicações
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que segue aberta ao diálogo com a categoria.
“Nesta quinta-feira (18), a secretária da pasta, Roberta Barreto, se reuniu com representantes da classe no Conselho Estadual de Educação. Os pleitos apresentados pelos profissionais estão sendo analisados e, conforme o sistema de controle de frequência da secretaria, a adesão à greve está em 15% em todo o estado.
Cabe destacar que, como anunciado, a garantia do pagamento do piso nacional a todos os professores que recebem abaixo de R$ 4.420,55 é uma das medidas que confirmam esse compromisso com o magistério. Além disso, contempla uma reivindicação dos educadores que não era atendida desde 2015. A iniciativa vai gerar um impacto significativo para quase metade do funcionalismo da pasta.
É importante ressaltar ainda que, com responsabilidade e equilíbrio com as contas públicas, o Governo do Estado investiu, desde agosto de 2021, quase R$ 1 bilhão em benefícios para os profissionais do magistério fluminense. Neste período, foram pagos valores referentes ao Abono Fundeb, triênios, progressão de carreira, adicional de qualificação, cotas tecnológicas, auxílios alimentação e transporte”, finalizada a nota.