27 de novembro de 2024

Alunas do RJ brilham em campo inspiradas na Copa do Mundo de Futebol Feminino

Estudantes do Ciep Adoniran Barbosa, em Queimados, visitam pela primeira vez o Maracanã
Foto: Ellan Lustosa/Seeduc-RJ

Quem disse que futebol é coisa de homem? As mulheres estão cada vez mais se destacando dentro das quatro linhas e dando show de bola. Talentosas, atletas do Ciep 344 Adoniran Barbosa, em Queimados, realizaram o sonho de conhecer o Maracanã. E, a partir do dia 24, prometem não desgrudar os olhos das brasileiras na Copa do Mundo de Futebol Feminino.

“Nós procuramos nos incentivar o tempo todo. Não apenas dentro de campo. Lutamos contra preconceitos e queremos ajudar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E o apoio da escola é fundamental. Educação e esporte caminham lado a lado”, afirma Emilly Vitória da Silva Rocha, de 17 anos, estudante da terceira série do Ciep 344.

De acordo com a diretora Mery Miranda, a escola sempre incentivou a prática esportiva entre os alunos.

“Fico muito feliz com a dedicação de nossas alunas. Elas conseguem dividir o tempo entre o futebol e a escola. Eu vejo isso como o início, e torço para que várias portas se abram para estas jovens”, diz a orgulhosa diretora.

Palco de duas finais de Copa do Mundo, o Maracanã deixou as meninas encantadas na última quarta-feira. E não apenas por sua estrutura, mas por suas histórias e por tudo o que representa. Em mais de sete décadas, o Maracanã foi palco de grandes momentos, tanto no esporte como na cultura.

“Não imaginava que o Maraca tinha tantas histórias e curiosidades. Fiquei emocionada e arrepiada com tudo o que ouvi sobre ele”, assinala Fabiany Almeida dos Santos, de 14 anos, que cursa o oitavo ano do ensino fundamental.

A jovem Kaylane Cristina Vieira, de 14 anos, é outro grande talento da rede estadual. Aluna do Colégio Estadual Minas Gerais, em Duque de Caxias, é jogadora do Flamengo, e foi, recentemente, convocada para a seleção brasileira sub-17.

“Nós, mulheres, podemos estar onde quisermos. Eu amo jogar futebol e minha expectativa, com esta convocação, é jogar muita bola, e, claro, fazer muitos gols”, afirma a atleta.

A diretora do colégio de Kaylane, Adriana Conceição Santos da Silva, é uma grande incentivadora das atletas. Ela acredita que a escola deve incentivar os alunos a praticar esporte.

“Além de promover a saúde, a prática esportiva trabalha habilidades socioemocionais, tais como disciplina, persistência e trabalho em grupo. A escola promove interclasses, e leva alguns alunos para participar de competições externas, como a Liga Estudantil. Esperamos que os estudantes possam colher bons frutos, a exemplo do colhido por Kaylane”, ressalta a diretora.

Outra escola que se destaca no esporte com a bola é o Liceu Nilo Peçanha, de Niterói, que já tem mais de dez troféus no currículo. No colégio, as meninas reivindicaram espaço nas diferentes modalidades, entre elas no futebol feminino. As alunas estão treinando, criaram seu próprio modelo de camisa para as partidas e esperam obter bons resultados nos Jogos Estudantis do município, no fim do ano. Segundo a diretora da escola, Cláudia Galvão, apesar de todas as dificuldades, as estudantes se organizam e lutam pelo seu espaço:

“A prática esportiva no ambiente escolar contribui não só para o desenvolvimento físico, como também para o fortalecimento dos valores éticos, o senso de responsabilidade e a disciplina. Nossas alunas buscam conquistar espaço e reconhecimento nos jogos estudantis, com garra e determinação”, disse a diretora.

E as alunas realmente lutam por mais reconhecimento na modalidade:

“Enquanto as equipes masculinas possuem oito chaves, com quatro ou mais times, o futebol feminino possui somente uma. Sinto a necessidade de maior participação das meninas neste esporte, e o Liceu Nilo Peçanha vem fazendo isso, nos incentivando a vencermos o desafio “, diz Julia Marques, um dos destaques da equipe de futebol do Liceu.

A Copa do Mundo Feminina faz com que elas sonhem alto:

“Quero muito ser jogadora de futebol e, aqui no Maracanã, essa sensação só aumenta. Vou assistir aos jogos da Copa e, quem sabe, na próxima estarei lá”, completa Luana Cristina Oliveira Gonçalves, de 14 anos, aluna do oitavo ano do ensino fundamental do Ciep 334 Adoniran Barbosa.

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