9 de outubro de 2024

Laudo aponta que veneno de rato foi usado em mortes de cães e gatos em Laje do Muriaé

Dos mais de 60 animais supostamente envenenados, apenas quatro conseguiram sobreviver.
Foto: Reprodução

A Polícia Civil já tem a confirmação de que pelo menos três dos mais de 60 pets que apareceram mortos, nos últimos dois meses, em Laje do Muriaé, no Norte Fluminense, foram vítimas de envenenamento. O resultado de dois laudos assinados por um patologista veterinário, que examinou os corpos de dois gatos e um cachorro na Universidade Estadual do Norte Fluminense, no município de Campos dos Goytacazes, revelou indícios que os animais foram envenenados por uma substância encontrada no chumbinho (veneno para ratos).

De acordo com o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente(DPMA), que investiga o caso em conjunto com a 138ªDP (Laje do Muriaé), os laudos esclarecem que o veneno causou grande hemorragia e congestão nos órgãos dos pets examinados.

Ainda segundo o delegado, um dos documentos acrescenta que houve toxicose exógena aguda (intoxicação causada por substância química), e ainda que, no caso dos felinos, o envenenamento teria causado morte por insuficiência respiratória. Também teria sido encontrado no exame a presença de metilcarbamato de benzofuranila, uma das substâncias do raticida conhecido como chumbinho.

“O uso de veneno caracteriza meio insidioso ou cruel e agrava a pena prevista para este tipo de crime, que é de dois a cinco anos de prisão por cada animal morto. Ainda estamos trabalhando para apurar a autoria dos crimes. Vamos mapear a cidade de Laje do Muriaé para saber onde esse veneno vem sido vendido. É bom frisar que a comercialização de chumbinho é proibida”, disse o delegado, acrescentando que ainda aguarda o resultado de exames toxicológicos dos animais para ter mais detalhes sobre as mortes dos animais.

A polícia também investiga a informação de que uma pessoa usando uma motocicleta teria sido vista jogando alimentos com sinais de chumbinho para cães e gatos do município. A informação foi revelada, em julho, quando o secretário estadual de saúde Luiz Antônio Teixeira Junior, o Dr.Luizinho, esteve na cidade. Na época, ele também revelou que corpos congelados de dois animais, além de amostras de sangue, foram enviados para exames na Universidade Estadual do Norte Fluminense.

Dos mais de 60 animais supostamente envenenados, apenas quatro conseguiram sobreviver. Segundo a polícia, quem tiver informações que ajudem a polícia na investigação podem ligar para os números do Disque-Denúncia (na Região Metropolitana 2253-1177 e no interior 0300-253-1177). Não é necessário se identificar.

Fonte: Extra

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