Esses dias passei em uma banca de jornal, vi a foto e li a notícia sobre a decapitação da estátua de Tiradentes na praça homônima em Campos. O curioso é que a banca ficava próxima à praça e pude logo em seguida ver a olhos nus o fato acontecido. A cabeça do Tiradentes ainda estava caída no chão. Ironia do destino ele foi enforcado.
Da representação à “realidade” crua e nua. Em poucos segundos. Eu havia ficado sabendo por alto do que foi considerado um vandalismo por um blog, mas não me atentei que seria algo recente, afinal a praça ali na Rua Carlos de Lacerda tinha uns monumentos, que foram demolidos em uma ação contra o patrimônio histórico e cultural da cidade e eu pensei que pudesse ser uma notícia velha.
Por falar neste assunto, estamos vivendo um dèjá-vu no que diz respeito a estas perdas históricas, como foram os casos do antigo prédio do Banco do Brasil, do antigo Trianon e do Monitor Campista, para ficar com alguns dos casos mais emblemáticos. Recentemente a Ao Livre Verde, livraria mais antiga do Brasil, decretou autofalência e está ameaçada de fechar.
Um movimento surgiu para salvar Ao Livro Verde e este movimento cresceu com apoio da sociedade civil organizada, inclusive em nível nacional com a Academia Brasileira de Letras. Na segunda-feira (14/08/2023), às 11 horas, haverá uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Algo precisa ser feito para não perdermos mais este patrimônio.
A novidade é que o vereador da Cultura, Dr. Edson Batista, colocou a pauta sobre Ao Livro Verde na mesa em uma audiência com o prefeito Wladimir Garotinho e este concordou com a municipalização da marca de Ao Livro Verde, como foi realizada com o Monitor Campista. Tanto Ao Livro Verde como o Monitor Campista poderão funcionar no Palácio da Cultura.