O Papa Francisco para o VII Dia Mundial dos Pobres, nos deixa como lema uma frase de Tobit a seu filho Tobias: “nunca afastes de algum pobre o teu olhar” ( Tb. 4, 7). Vale muito para hoje onde a cultura do descarte e da indiferença coloca nossos irmãos/ãs pobres na invisibilidade e a margem da vida. Mostra-nos a coragem e a coerência de Tobit que mesmo sendo perseguido pela sua solidariedade continua a viver o seu testemunho claro de partilha e compromisso com os seus irmãos de infortúnio. Mais adiante lembra os 60 anos da Encíclica Pacem in Terris, a Carta em que a Igreja recebe e aprofunda os direitos humanos, especialmente menciona os direitos da integridade física e a proteção social, moradia, saúde, trabalho, salário justo.
A seguir, também recordando a Encíclica Laborem Exercens de São João Paulo II, ensina-nos que o trabalho é para o homem, não o homem para o trabalho, resgatando sua dignidade e suas exigências de trabalho justo e decente. Vamos aos pobres para sermos enriquecidos por eles, desenvolvendo antes que nada a fraterna amizade e a partilha do que somos e temos. Mais que atividades de visita ou de doação de mantimentos, damos nossa presença, escuta e convivência espontânea que busca estar com eles e participar da sua vida. Não é necessário um grande planejamento ou um roteiro exaustivo para este dia ou semana que antecede, mas sentar com eles para acolher seus anseios, expectativas e sonhos.
O Papa cita finalmente a Santa Teresinha do Menino Jesus, sobretudo a passagem que ela explica que a caridade deve ser agápica, isto é, não ficar no fundo de nosso interior, mas alegrar e iluminar nossos semelhantes. Encerra convidando-nos a vivenciar o lema de não afastar o nosso olhar do pobre e a mantê-lo sempre fixo no rosto humano e divino do Senhor Jesus Cristo. Deus seja louvado!