Na Solenidade de Cristo Rei do Universo, como já se tornou uma tradição que nos vem da Ação Católica, celebramos no contexto do Reino, a vocação e missão dos cristãos leigos e leigas. Tem sentido pois por sua presença testemunhal e serviço à humanidade e a toda Criação, visibilizam os sinais desse Reino tornando-o profecia viva e eficaz da evangelização que transforma por inteiro nossos relacionamentos e estruturas de convivência.
Neste ano 2023, no contexto da 41º Assembléia Geral do Conselho Nacional do Laicato no Brasil, no dia 10 de junho, diante do túmulo de Dom Helder Câmara, numa homenagem a esta figura emblemática e amada do episcopado brasileiro se lembraram suas palavras: “Não deixem morrer a profecia”, que se tinha assumido como lema da Assembleia. Este acontecimento foi o lançamento da celebração do Jubileu da fundação do CNLB, organizando um triênio comemorativo no qual em 2023 se resgataria a profecia, em 2024 o testemunho e em 2025 a memória, sendo a festa jubilar em 2026. Sendo fiéis a estas palavras inspiradas de Dom Helder, convidativas a fazer ressoar em todos os ambientes, situações e cenários a Palavra que renova, restaura e liberta superando as escravidões e exclusões dos pobres e oprimidos, queremos no caminho sinodal com coragem e ternura abrir horizontes de conversão, mudança e transformações profundas na perspectiva do Reino.
Agradecemos e louvamos ao Deus da Vida, pelos irmãos leigos e leigas que são sal da terra e luz do mundo, como fermento que mobiliza e faz crescer o sonho de uma humanidade reconciliada, justa e fraterna, que inclua todas as pessoas e criaturas da Terra. Bem-aventurados os que não se escandalizam mas deixam-se iluminar com a profecia de Jesus, tornando-se um grito amoroso e compassivo diante da morte e do ódio que destrói eco o afirma o Papa Francisco rouba-nos a esperança e a alegria de viver. Deus seja louvado!