Diante da onda de calor que vem atingindo grande parte das cidades brasileiras, autoridades de saúde, em Campos, fazem um alerta aos pais e responsáveis para que redobrem os cuidados com as crianças. Para enfrentar as altas temperaturas, algumas recomendações são reforçar a hidratação, com a ingestão de água e sucos naturais, consumir comidas leves e comer frutas.
A pediatra Beatriz Rangel Rufino dá outras dicas como evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, usar roupas frescas e com proteção ultravioleta, boné ou chapéu e filtro solar, que deve ser aplicado a cada três horas. “Os bebês menores de 6 meses não devem ser expostos diretamente ao sol. Como o protetor solar só é indicado a partir dos 6 meses, a gente contraindica a exposição direta ao sol”, disse.
Em relação aos maiores de 6 meses, a médica informou que eles não devem ser expostos por tempo prolongado ao sol e, de preferência, antes das 9h e após às 16h. “Os bebês têm a pele bem sensível. Se está muito calor, eles sentem muito calor. O mesmo ocorre no frio”, acrescentou.
Beatriz, que é médica plantonista no Pronto-Socorro Pediátrico do Hospital Plantadores de Cana (HPC), disse que tem observado nos últimos dias, devido à onda de calor, um aumento nos casos de gastroenterite, cujos sintomas mais comuns são diarreia, vômito e dor abdominal.
“Tenho atendido também muitas crianças com otite, que é uma inflamação em uma das regiões do ouvido. Esse aumento se deve aos banhos prolongados de piscina”, explicou Beatriz, citando ainda a conjuntivite e as lesões de pele, como o impetigo, decorrente da picada de insetos.
A médica chama a atenção para outras doenças comuns em crianças como a desidratação, que é a perda de líquido do corpo além do normal, e a insolação causada pela exposição excessiva ao sol. “Quando a gente começa a sentir sede é porque já está um pouco desidratada e, por isso, a hidratação preventiva é importante”, afirmou.
