2 de outubro de 2024

Casal foragido por golpe da criptomoeda em Campos é preso no Paraguai; VÍDEO

Eles são apontados como responsáveis por uma organização criminosa que como pirâmide financeira, desde 2016.

Policiais civis da 134ª Delegacia de Campos dos Goytacazes prenderam um casal no Paraguai, na noite de quinta-feira (23). Eles são apontados como responsáveis por uma organização criminosa que atuava como pirâmide financeira, desde 2016, e estavam foragidos. A delegada Natália Patrão acompanhou a operação.

Assista ao vídeo

Segundo informações da Polícia Civil, o casal estava em Si Hernandarias, que fica a 25 quilômetros da divisa com Foz do Iguaçu. Gilson André Braga dos Santos e Ana Claudia Carvalho Contildes seriam responsáveis pela empresa A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli, instalada em Campos, que angariava clientes para captação de valores sob a promessa de aplicação dos investimentos no mercado financeiro de criptomoedas, mediante pagamento mensal fixo de juros de 12%  a 30% por mês sobre o capital.
 
De acordo com a investigação, após firmar diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os investidores seriam rescindidos e os valores seriam pagos em um prazo de 90 dias (a partir de 1º de dezembro de 2021, data da “Nota Oficial”), o que não foi cumprido. As investigações também revelaram que uma outra empresa, a Gayky Cursos Ltda, foi criada pelos mesmos suspeitos para dar continuidade ao esquema. 
 
Há suspeitas com notícias de que o casal continuou aplicando o golpe no Paraguai, conforme vítima que foi entrevistada pelos policiais. A investigação da 134ª-DP em conjunto com o GAECO conseguiu na Justiça o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, de R$ R$ 1.964.815,96, incluindo criptoativos e moedas estrangeiras, para ressarcir as vítimas.
 
No dia 28/10/2023, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em endereços ligados a cinco suspeitos. Apenas um suspeito foi preso. No total, foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva pela 1ª Vara Criminal especializada do Rio de Janeiro.
 
Dinâmica do golpe
 
Segundo informações da Polícia Civil, a empresa abria contas para investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro por meio das chamadas contas “copy”. A promessa era de que o investimento em criptomoedas daria um retorno financeiro de 12% a 30% ao mês.
 
Com o nome autoexplicativo, as contas “copy” (cópia, em português), é uma cópia de outra conta, que permitia aos criminosos realizarem investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. Os juros dos investimentos eram pagos, inicialmente, de modo a dar credibilidade ao negócio desenvolvido pela “empresa”.

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