A Polícia Federal cumpriu mandados busca e apreensão na manhã desta terça-feira (28), na casa da ex-prefeita de Campos dos Goytacazes e ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho. A ação faz parte da Operação Rebote, que o investiga suspeita de um rombo de cerca de R$383 milhões no Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Campos (Previcampos).
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A gestão do Previcampos, entre os anos de 2015 e 2016, já foi alvo de CPI na Câmara de Vereadores, em 2020. Na época, o relatório final concluiu haver indícios de irregularidades nas aplicações financeiras.
De acordo com a investigação da Polícia Federal, as fraudes aconteciam por intermédio de uma empresa de consultoria que realizava o lobby entre os fundos de investimento e com os diretores e responsáveis pelo Previcampos.
A suspeita é que o dinheiro tenha sido desviado mediante fraude conhecida como “compras de títulos podres”. O objetivo central das ações de é angariar elementos de prova para a investigação, bem como localizar bens passíveis de sequestro para posterior ressarcimento aos cofres públicos, de acordo com a Polícia Federal.
Alvos
Segundo informações da Polícia Federal, 12 pessoas foram alvo de busca e apreensão em Campos. Também foram cumpridos mandados no Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. A ação contou com 80 policiais.
Defesa de Rosinha se pronuncia
O advogado da ex-prefeita, Rafael Faria, disse que “os supostos fatos que ‘justificaram’ a busca e apreensão na casa de Rosinha Garotinho teriam ocorridos cerca de dez anos atrás. Ou seja, a única explicação para o que aconteceu hoje na Lapa foi criar um constrangimento para a família, pois o fato é completamente atemporal. Não queremos acreditar que isso seja retaliação ou intimidação política”.
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“Sobre a decisão, a única questão imputada à ex-prefeita Rosinha é ter indicado pessoas sem qualificação técnica para a diretoria e conselho da Previcampos”, finalizou o advogado.