1 de outubro de 2024

SOS Coração completa 9 meses e já salvou mais de 160 vidas

Campos é a única cidade do Estado do Rio que possui um serviço como esse implantado.
Foto: César Ferreira/Secom

Há 9 meses, completados nesta terça-feira (28), a Prefeitura de Campos, em parceria com o Governo do Estado, implantava um projeto pioneiro no Estado do Rio de Janeiro, que tem revolucionado o atendimento às vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) em Campos e região. Trata-se do “SOS Coração: Nossa missão é cuidar das pessoas”. Desde 28 de fevereiro deste ano, quando o projeto foi lançado, até o dia 20 de novembro, 162 vidas já foram salvas.

“Estou muito feliz porque foi um programa que deu certo. Aproveito para agradecer à equipe do SOS, tanto da Santa Casa, quanto do Hospital Escola Álvaro Alvim, que tem se empenhado em salvar vidas”, disse o prefeito Wladimir Garotinho, em agosto deste ano, quando recebeu em seu gabinete a visita de dois pacientes que tiveram as vidas salvas pelo programa. Na ocasião, Wladimir ganhou um jaleco de presente.

O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, enfatizou que Campos é a única cidade do Estado do Rio que possui um serviço como esse implantado. “É um ganho tremendo para a população, pois o SOS Coração é totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse o secretário.

Aos primeiros sinais de infarto, a pessoa deverá buscar atendimento no Hospital Ferreira Machado (HFM), Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José (HSJ), Unidades Pré-Hospitalares (UPH) 24h, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campos e de São João da Barra (SJB), Santa Casa de Misericórdia de SJB e Hospital Armando Vidal, em São Fidélis.

Se o IAM for confirmado, o paciente será encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia ou Álvaro Alvim (HEAA), que são os hospitais referência para a realização do cateterismo, — exame para identificar obstruções nos vasos sanguíneos que irrigam o coração —, e da angioplastia coronariana primária (tratamento da obstrução coronariana).

O cardiologista intervencionista da Santa Casa, Celmo Ferreira de Souza Júnior, falou sobre a importância do projeto. “Se não fosse o SOS, a maioria dos pacientes não teria a oportunidade de receber um atendimento na chamada Hora de Ouro, que não pode ultrapassar duas horas após o infarto”, explicou o médico.

Ele ressaltou que as equipes de hemodinâmica dos dois hospitais têm conseguido reduzir esse tempo para até 45 minutos, graças à evolução do projeto e a divulgação do serviço junto às unidades da rede de urgência e emergência do município.

Além de Celmo Júnior, os cardiologistas intervencionistas aptos a realizar o atendimento emergencial nos referidos hospitais, incluindo os fins de semana, são Abdu Neme, Halim Abdu Neme Makhluf, Jamil da Silva Soares e Carlos Eduardo Soares. Os médicos Cléber Glória e Patrícia Rangel fazem parte da equipe que integra os Centros de Tratamento Intensivo (CTIs).

Entre os principais sintomas do IAM estão: dor no peito (aperto ou queimação), dor na mandíbula, braço, punho ou costas, formigamento no braço esquerdo, fadiga e palidez, suor, náuseas, vômito e tontura.

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