23 de novembro de 2024

STJ autoriza quebra de sigilo bancário, fiscal, de e-mails e telefones do governador Claudio Castro

Além de Castro, outras seis pessoas tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrados
Foto: Reprodução

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, teve os sigilos telemático, fiscal e bancário quebrados por autorização do ministro do Superior Tribunal de Justiça Raul Araújo, no âmbito do inquérito que investiga desvio de recursos, pagamento de propina e fraude em licitação em contratos sociais do estado entre 2017 e 2020.

A quebra dos sigilos foi pedida pela Polícia Federal junto com as buscas que estão sendo feitas nesta quarta-feira (20), como parte da Operação Sétimo Mandamento. Além de Castro, outras seis pessoas tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrados, e cinco investigados tiveram o sigilo telemático derrubado.

Na quebra de sigilo telemático, os investigadores têm acesso à lista de emails, ligações e mensagens trocadas pelos alvos da apuração em um determinado período. No caso da operação sobre o grupo político de Castro, o período das quebras varia conforme o investigado, mas em alguns casos chega até 2023.

Castro não é alvo das buscas, que atingiram seu irmão de criação, Vinícius Sarciá Rocha, a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.

Na casa de Sarciá Rocha, a PF apreendeu R$ 128 mil e US$ 7.535 em dinheiro vivo. Foram encontradas também anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.

Em nota, o Palácio Guanabara afirmou que a operação da PF ” não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019″.

A nota afirma ainda que “o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”.

Fonte: O Globo

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