28 de setembro de 2024

Campos registra 278 casos de dengue confirmados no município

Capital decretou epidemia de dengue. Número de internações é a maior da história.
Foto: Divulgação

A alta de casos de dengue no Estado tem preocupado as autoridades de saúde dos municípios. Em Campos, foram registrados até o momento 278 casos de dengue confirmados laboratorialmente. Não há registro de óbito, segundo dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SUBVS). Além da dengue, o município tem confirmados 5 casos de chikungunya, doença também causada pelo mosquito Aedes aegypti. Não há registro de zika.

Dos casos notificados, 19 pacientes necessitaram de internação. Deste total, 14 tiveram resultado positivo para dengue e 5 estão em investigação. Atualmente, 17 seguem internados em todo o município e 2 já tiveram alta médica. Ainda considerando os casos de internação, há 1 caso classificado como dengue grave e 2 casos classificados como dengue com sinais de alarme. Vale ressaltar que esses dados podem sofrer alteração a qualquer momento, devido à dinamicidade que envolve a questão.

Mutirões de combate à dengue acontecem no município desde o dia 26 de janeiro. Nesta sexta-feira (2), os parques Benta Pereira, Jardim Aeroporto, Riachuelo e Pecuária, receberam os agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que vistoriaram 3.752 imóveis e 62 terrenos baldios. Foram eliminados 222 focos do Aedes aegypti neste mutirão.

Na ação, também foram recolhidos 166 sacos de lixos contendo inservíveis e 47 pneus que haviam sido descartados de forma irregular. Oito caixas d’água foram telhadas. Também foram realizados bloqueios aeroespaciais com carro fumacê e bomba costal.

“A população deve ficar atenta às orientações dos agentes. Uma simples atitude para eliminar possíveis criadouros do mosquito faz toda a diferença neste momento de alta de casos da dengue em nosso município”, disse o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos.

Na próxima semana, os bairros que irão receber os Agentes de Combate às Endemias (ACEs) são: Jockey Club, São José e Parque Nova Brasília. O objetivo do CCZ é alcançar 19 bairros até o dia 1º de março. Os mutirões, que são atividades complementares às visitas domiciliares feitas diariamente pelo CCZ, ocorrem sempre às sextas-feiras.

Em nota divulgada à redação do site Monitor NF, a Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom) informou que diversas ações ocorrem no município, além dos mutirões semanais.

“Entre as ações, o município mantém uma vigilância epidemiológica sensível aos agravos por arboviroses, com monitoramento de casos prováveis à doença, além de capacitação continuada dos profissionais da rede de saúde. Também mantemos a divulgação junto à imprensa local e na rede oficial (site e redes sociais) das ações de combate do mosquito Aedes aegypti, alerta e informação para conscientização da população”, informou a Secrataria de Comunicação.

Além da visitação domiciliar diária, são realizados bloqueio aeroespacial com fumacê e bomba costal nos bairros com casos positivos das arboviroses. Há também monitoramento com armadilhas (Ovitrampas) e visita quinzenal aos Pontos Estratégicos (PE), como borracharia, ferros-velhos e similares. Trabalho de Educação em Saúde feito pelo de setor de Informação, Educação e Comunicação (IEC) nas escolas, associações de moradores e empresas.

Epidemia na capital

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, decretou epidemia de dengue na capital. A cidade bateu o recorde de internações por dengue da história. Foram 362 hospitalizações em janeiro — o maior número desde 1974. Não houve mortes confirmadas pela doença, mas três óbitos são investigados.

Um decreto deve ser publicado na próxima edição do Diário Oficial sobre o tema. Os técnicos da prefeitura estimam que a taxa de incidência (número de casos por 100 mil habitantes) esteja maior que o pico da doença, na alta de casos de 2016, última disparada de casos no Rio.

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