Por 52 votos a 12, deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiram, nesta quinta-feira (8), manter a deputada Lucinha (PSD) no cargo. A Justiça afastou a parlamentar do cargo em dezembro, por suspeita de ligações com milicianos, e determinou que a Assembleia decidisse se ela continuava ou não afastada.
Participaram da votação 64 deputados — 3 não registraram os votos e 2 estão de licença. A parlamentar precisava de maioria absoluta (36 votos) para continuar no cargo.
Nesta quarta (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa já tinha revogado o afastamento. Agora, com a confirmação, a parlamentar poderá retomar as atividades na Casa.
Além de ser investigada pela Polícia Federal, Lucinha terá que se explicar no Conselho de Ética da Alerj. Na mesma resolução que derrubou a liminar da Justiça, os deputados da CCJ decidiram torná-lá ré por quebra de decoro parlamentar.
O Conselho de Ética vai se reunir ainda nesta quinta para definir o rito do caso. A decisão se a parlamentar será cassada ou não deve sair em até 120 dias.
Lucinha será investigada por suspeita de ligação com a milícia e prática de rachadinha — esquema de repasse de parte do salário recebido por funcionários, servidores ou prestadores de serviço a um político ou a assessores dele.
O PSOL e o PSB chegaram a apresentar uma emenda para que a deputada fosse suspensa por 120 dias — para que a investigação acontecesse. No entanto, essa ideia não prosperou.
Fonte: G1