26 de novembro de 2024

Bolsonaro é alvo da Polícia Federal e deve entregar passaporte

Aliados civis e militares do ex-presidente também são alvos da operação que investiga tentativa de golpe.
Foto: Reprodução/EBC

O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (08), em uma operação que investiga a tentativa de golpe diante da derrota nas eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a entrega do passaporte em 24 horas.

Bolsonaro também foi proibido de fazer contato com outros investigados na operação e sua defesa confirmou a ordem recebida. Aliados civis e militares do ex-presidente também são alvos da Polícia Federal.

São alvos de buscas:

General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

São alvos de mandados de prisão:

Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro;
Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto;
Major Rafael Martins de Oliveira.

O Exército foi chamado para acompanhar o cumprimento das ordens contra os militares. Ao todo, são 33 mandados de busca, 4 prisões preventivas e 48 medidas cautelares, como suspensão do exercício da função pública e entrega de passaportes. A operação ocorre em 9 estados no DF (Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás) e no Distrito Federal.

De acordo com a PF, os investigados divulgaram informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para tentar legitimar uma intervenção militar. O grupo se dividiu em dividiu em dois eixos.

O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando “falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação”, que continuou mesmo após o resultado da eleição, segundo a PF.

O segundo eixo praticava por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais – os chamados kids preto.

De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Fonte: g1

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