Deolira Glicéria Pedro da Silva, moradora no bairro Frigorífico, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, comemorou no último domingo (10/03), seu aniversário de 119 anos. A idade comprovada por documentos, incluindo certidão de nascimento, pode fazer com que ela quebre a marca da espanhola María Branyas Morera que, aos 116 anos completados no último dia 04/03, consta no Guinness Book, o livro dos recordes, como a mulher mais idosa do mundo.
“Minha avó é dura na queda. Todo mundo vai e ela fica. Também, nunca perdeu uma noite sono nem foi de excessos. Ela é mais resistente do que nós todos”, testemunha a neta Leila Ferreira da Silva, de 63, acrescentando que a avó não toma nenhum remédio de uso continuado.
A informação é confirmada pelo geriatra Juair de Abreu Pereira, que há dois anos tem a idosa como paciente. O médico disse ainda que ela não tem nenhuma restrição alimentar, desde que a comida seja pastosa.
“A saúde de dona Deolira é boa. É uma paciente incrível, interativa, alegre e, em meio às turbulências da vida, sempre soube valorizar essa dádiva que é viver. Hoje mora com a filha e as netas, que cuida, dela”, disse o geriatra.
Deolira possui apenas dificuldade de locomoção, provocada por uma queda há pouco mais de dez anos, fazendo com que precise utilizar cadeira de rodas. Também tem baixa audição, por conta da idade. A visão é perfeita e, segundo a neta, até os 105 anos colocava linha na agulha sem precisar de ajuda.
Ativa, costuma brincar e dar bronca em todo mundo. A neta contou que a avó nasceu numa fazenda em Porciúncula, onde viveu e trabalhou na roça, até os 80 anos.
“Ela trabalhou na roça plantando arroz, café e criando porcos e galinha. Isso desde criancinha. Meu avô era o administrador da fazenda, disse Leila.
Deolira foi casada uma única vez e ficou viúva há cerca de 20 anos. O casal teve sete filhos dos quais apenas três estão vivos — uma mulher e dois homens. Ivani Afonso da Silva, de 89, mãe de Leila, é a mais velha. A idosa teve ainda 17 netos (Leila é a mais velha) 40 busnetos (o mais velho tem 20 anos) e 37 tataranetos.
Leila contou ainda que Deolira gostava muito de carnaval, até virar evangélica. Ao ser informada de que a avó era dois anos mais velha do que a mulher que consta no Guinnes book como a mais idosa, disse que não sabia como inscrevê-la no livro dos recordes.
Fonte: Extra