Neste tempo de quaresma, é muito inspirador fazer uma faxina espiritual de reconciliação nas famílias que por razões sociais e políticas ou mesmo pela violência doméstica em suas múltiplas fases, precisam de um processo de cura e de perdão. Temas importantes para o convívio social como o esporte (futebol), política, especialmente a de viés partidária, e questões polêmicas de cunho antropológico tem muitas vezes, por falta de cordialidade e prudência, acirrada os ânimos e dividido e separado as famílias.
No entanto, a família é por constituição e DNA divino, a formação social fundamental para gerar e formar a pessoa humana, a única instituição verdadeiramente necessária e insubstituível. Por isso, antepor interesses ou visões muitas vezes perpassadas pela ideologia e pelo ódio, atentar seriamente contra a paz e à concórdia familiar.
É importante tornar a família escola de comunhão perdão e reconciliação, priorizando as pessoas que devem ser amadas e acolhidas incondicionalmente, e sempre separar as falas e os atos das intenções e da dignidade e valor precioso de cada integrante da família.
Propiciar e promover um ambiente de paz, de aceitação e compreensão de cada integrante da família reconhecendo sua singularidade e identidade própria. Aprender a inteligência espiritual e emocional destacando sempre a bondade do coração e a imagem divina que levamos impressa na nossa alma. Vivenciar plenamente a ternura, a alegria e o bom humor que contagia e tornam a convivência familiar leve, desanuviada e agradável. Colocar a família em primeiro lugar, assumindo agenda de encontros, passeios e visitas, para celebrar a alegria e felicidade de ser e de se ter uma família. Domesticar os aparelhos eletrônicos, não permitindo a sua interferência nas refeições e momentos de partilha e diálogo, desligando o celular e submetendo-o à sua real importância.
Tratar de não cair na tentação da profecia negativa (você sempre é assim) ou outros julgamentos que estigmatizam os integrantes da família. Corrigir, com discrição, amabilidade e sempre reconhecendo os valores e virtudes da pessoa convidando-a a desenvolver as potencialidades e talentos. Educar determinadamente para a justiça colaboração e a corresponsabilidade, pois a corrupção – ao igual que a amizade e solicitude social – também começa em casa. Se tentarmos com esperança despertar para a vocação e chamado do Pai na família que nos deu como grandiosa dádiva, teremos certamente uma sociedade mais convergente, fraterna e justa.
Deus seja louvado!