20 de setembro de 2024

Irmãos Brazão e ex-chefe da Polícia Civil são presos apontados como mandantes do assassinato de Marielle

A investigação policial aponta que a motivação do crime está relacionada à expansão territorial da milícia no Rio.
Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa. Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. Eles foram apontados como mandantes do assassinato da vereadora do Rio, Marielle Franco, em 2018. O ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, também foi preso, por atrapalhar as investigações do caso.

A operação “Operação Murder, Inc.” foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF), e os três suspeitos foram alvos de mandados de prisão preventiva, expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado, neste domingo.

A prisão ocorreu após o STF homologar, no dia 19 de março, a delação de Roni Lessa, apontando como executor do crime. O ex-Policial Militar foi preso em 2019, delatado como o autor dos disparos por Élcio de Queiroz – outro acusado de ser executor.

Na delegação, Roni Lessa deu detalhes de encontros com os mandantes do assassinato, que seriam integrantes de um grupo político poderoso.

Quem são os presos?

Domingos Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ);

Chiquinho Brazão é deputado federal pelo União Brasil;

Rivaldo Barbosa é delegado. Na época do crime, ele era chefe da Polícia Civil. Atualmente é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição.

Motivação

Segundo o que foi revelado até o momento, a investigação policial aponta que a motivação do crime está relacionada à expansão territorial da milícia no Rio. O delegado Rivaldo Barbosa é suspeito de ter “combinado” de garantir a impunidade dos supostos mandantes. Ele assumiu a chefia da Polícia Civil na véspera do assassinato.

O crime

Marielle Franco, 38 anos, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL, foi assassinada a tiros noite do dia 14 de março de 2018. Ela voltada de um debate da Lapa e estava no carro ao com uma assessora e o motorista.

O carro foi alvo de uma emboscada no bairro do Estácio e alvejado por sete tiros: 4 acertaram a vereadora na cabeça. Atingido, o motorista da parlamentar, Anderson Gomes, também morreu no local. A assessora Fernanda Chaves foi atingida por estilhaços e sobreviveu.

Com informações do g1

Compartilhar:

RELACIONADAS