O Frigorífico Grandbull inaugurou no último sábado (13) uma unidade industrial para abate de bois e búfalos. De acordo com a empresa, é o maior projeto agroindustrial do estado do Rio de Janeiro de processamento de bovinos e bubalinos em atividade em Campos dos Goytacazes.
Localizada na região de Ribeiro do Amaro, na Estrada de Cambayba, o espaço possui área total de 78 mil m², sendo 57 mil m² de área construída e 2.350 m² destinados a indústria de abate. Inicialmente, serão abatidos 250 animais por dia. O empreendimento possui capacidade para 450 abates/dia, uma média de 9 mil por mês.
Para o agropecuarista Dudu Linhares, da Usina do Queimado, a unidade atenderá à necessidade de melhoria, tanto de demanda do setor quanto de desenvolvimento na região.
“Pra nós campistas a implantação de um frigorífico como esse é de suma importância, não só para o desenvolvimento da agropecuária da região, mas também pela geração de empregos, pagamento de impostos, tudo que a cidade precisa para manter a imagem do setor agropecuária em ação”, ressaltou o pecuarista.
Cerca de 300 pessoas do setor agroindustrial, entre produtores rurais e pecuaristas, participaram da inauguração das instalações do frigorífico, que chega ao município gerando cerca de 100 empregos diretos com a expectativa de que esse número venha a triplicar nos próximos meses.
“É um marco para o município de Campos a inauguração desse grande empreendimento que está perto da BR 101, logisticamente, perto do Porto do Açu, do Porto de Vitória e que vai empregar muita gente”, destacou Otávio Amaral, gerente Regional do SICOOB (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil) Fluminense.
De acordo com um dos diretores da empresa, Jansens Calil Siqueira, o que motivou a chegada do novo empreendimento foi a forte pecuária em atividade na região que carecia de um frigorífico adequado para atender a demanda. Jansens frisou ainda a importância de se fortalecer a produção local e elevar o nome do frigorífico.
“Essa pecuária que grita na nossa região é uma pecuária muito boa e nós precisávamos de um frigorífico, pois entendíamos que a região merecia isso”, disse.
A empresa inicia suas atividades com a prestação de serviço e deve gradativamente partir para desossa. Um dos grandes objetivos da diretoria é estabelecer um grupo forte para que, em um futuro próximo, possa iniciar o processo de exportação.
“Queremos formar parcerias sólidas. Recebemos sondagens de câmaras de comércio exterior e esse é um dos nossos objetivos. Nossa planta foi feita para exportação e o nosso frigorífico tem toda condição de SIF (Serviço de Inspeção Federal). No momento certo iremos tocar essa questão com a equipe devidamente treinada e capacitada para abate de 100 a 120 bois por hora. Estamos falando de um planejamento de no mínimo oito meses”, afirma Jansens.
