A mensagem do Papa Francisco para o 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações nos traz o tema: “Semeadores da esperança e construtores da paz”. Sim, somos chamados desde a nossa vocação humana de filhos da Terra a nossa vocação especificamente cristã nos seus diversos carismas e estados, a testemunharmos a esperança que não decepciona e a concórdia edificadora da paz. Deveras são sinais autenticamente vocacionais partilhar o sonho de Deus, esperançar as pessoas e as comunidades e tecer vínculos de paz e reconciliação.
Queremos seguir a Jesus Cristo na trilha e no caminho do Reino de paz, justiça e amor, curando e restaurando vidas, manifestando sempre a misericórdia infinita que, como afirmava São Paulo, nos alcançou e mudou profundamente a nossa existência. A nossa vocação – e toda vocação – tem sua origem e raiz num encontro pessoal com Cristo Ressuscitado, que nos introduz na filiação divina fazendo-nos protagonistas da Nova Criação. Ser vocacionado é viver como homens e mulheres novos (as), retecendo vínculos e relacionamentos com Deus, a família humana e toda a Criação, renovando estruturas, organizações, formas de convívio e de expressão semeando nelas a esperança inabalável e o Reino infinito e fascinante de Deus na nossa vida e na nossa história.
Diante da polarização e das divisões e contradições no mundo e na nossa realidade, como cristãos que buscamos a perfeição na caridade e o comprometimento com os pobres e sofredores, purifiquemos e alinhemos cada vez mais a nossa vocação na chamada do Deus das Misericórdias fonte de toda aspiração santa e plenamente humana, que nos convida sempre a dar razões da nossa esperança e acreditar, como afirmava sempre Dom Helder Câmara, que há mais de mil razões para viver e todas tem a ver com Cristo Nossa Esperança e Nossa Paz.
Deus seja louvado!