Ao iniciar-se o período de Campanha para as eleições municipais em todo o Brasil, gostaria de elencar três virtudes que podemos considerar menores, mas que no atual contexto de polarização e calcificação de atitudes que envergonham a sociedade civil, como o destempero, a intolerância e a agressividade de viés radical, justificam plenamente a sua citação.
A amabilidade nos ajuda a bem tratar os oponentes, com o decoro, mas também com a deferência e a ternura que devemos oferecer a todos os seres humanos, facilitando o diálogo ou o entendimento necessário para o bem comum.
A polidez nos lembra a educação, as boas maneiras civilizatórias (da cidade ) que mantém o debate e a luta cívica e partidária, nos patamares da gentileza, do jogo limpo, do respeito e cordialidade necessárias.
A nobreza de alma, claro está, supõe caráter e boa índole, para ir além do conveniente e da impressão ou imagem, mas revela sentimentos puros e nobres que procedem certamente do Evangelho. Poderíamos acrescentar o bom humor testemunhado pelo padroeiro dos políticos católicos São Tomás Moro, atitude sempre lembrada pelo Papa Francisco.
Os políticos que ajudaram a engrandecer nações com a sua trajetória e exemplo como Abraham Lincoln, Konrad Adenauer, De Gasperi, Giorgio La Pira, sempre faziam política com honra, princípios e sendo fiéis à sua consciência. A melhor forma de perder uma eleição, apesar de ganhar pelos resultados, é jogar fora os valores, a espiritualidade e a moral que dão consistência aos candidatos.
Lembrando que, na Roma Antiga, a palavra candidatos se referia a túnica alva e impoluta, que vestiam os que aspiravam aos cargos. Isto exigiria de nossa parte o compromisso de honra conosco mesmo de nunca trair a cidadania e o bem comum votando em candidatos desonestos, maleantes, perdulários que só querem se locupletar com o erário público sendo responsáveis pelo desatendimento e exclusão dos mais pobres e necessitados. Voto não tem preço, candidato sem ficha limpa não pode ser votado!
Deus seja louvado!