4 de fevereiro de 2025

O batismo nos torna peregrinos e missionários do projeto do Reino

Ao encerrarmos o tempo do Natal, celebramos no Batismo de Jesus o início de sua missão de testemunhar com alegria e esperança o seu Reino. Somos enviados a viver e testemunhar a grandiosa mudança da filiação divina em nós, boa nova para toda a humanidade que é convidada a mergulhar também nas águas da salvação.

O batismo longe de ser apenas um rito de acesso a uma religião, conforma para os cristãos a porta da salvação, o berço e a fonte da vida nova que jorra abundantemente da redenção operada na Cruz. Ser batizados é ser assumidos plenamente pelo Pai como seus filhos adotivos, participar da sua graça e ser herdeiros da vida eterna. Tornamo-nos como afirma São Pedro em pedras vivas do templo, que é o Corpo de Cristo, a Igreja. Constitui o nascimento para a vida da graça, nos marcam para sempre com a imagem de Cristo, nosso irmão e Salvador, e Templos do Espírito Santo, nossa força e inspiração.

Deixamos para trás o homem velho, egoísta e auto centrado incapaz para libertar-se das amarras e estruturas perversas da cultura do pecado e da morte. Mas muitas vezes somos sufocados e aceitamos como normal a mediocridade espiritual, a rotina cinzenta de práticas que almejam dar garantias de segurança, mas não preenchem o enorme vazio da falta do amor comunhão que deve pautar e nutrir nossa vida de ressuscitados e redimidos em Cristo.

Ao abrirmos o Jubileu da Esperança somos convidados primeiramente a renovar a raiz da nossa existência cristã, a partir de nossa consciência e vivência radical de batizados e mergulhados na Páscoa do Senhor, renovamos e transformaremos as estruturas e relacionamentos na Igreja e na sociedade, fazendo acontecer a sinodalidade missionária que almeja gerar verdadeiros sinais de esperança, explicitados na defesa da vida, na reconciliação em todos os níveis e âmbitos, na harmonização dos conflitos visando a uma paz justa equitativa e duradoura, a empatia comprometida com os pobres, doentes, presos e prostituídos (as), para que nosso anuncio tenha a credibilidade do Evangelho e seja sinal eficaz de libertação e salvação, Deus seja louvado!

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Bispo Dom Roberto Ferrería

Bispo Dom Roberto Ferrería

Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco nasceu em Montevidéu (Uruguai). Formado em Filosofia pelo Seminário Maior de Porto Alegre (RS) e em Teologia pelo Instituto de Teologia da PUC-RS e pelo Instituto Teológico da Arquidiocese de São Sebastião (RJ). Especialista em História pela Universidade de Montevidéu e mestre em Direito Canônico pelo Instituto Superior de Direito Canônico. Ordenado sacerdote em 1989, foi sagrado bispo em 2008.

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