A Encarnação do Filho de Deus não só trouxe a salvação e a restauração do projeto do Pai para cada pessoa humana, mas teve uma transformação cósmica colossal renovando a vida de todos os seres e criaturas e no presépio e desde o presépio revelar a beleza e harmonia da Casa Comum visitada pelo Deus Conosco. Por isso, junto aos personagens principais Maria e José, os sábios de Oriente, os pastores e anjos, as demais criaturas prestam sua adoração e exultam a seu modo o Criador.
Como o boi e o asno, todas reconhecem na manjedoura o seu Senhor, e se sentem seguros e envolvidos pela sua luminosa presença. São capazes de intuir na sua semiciência a figura do Menino Deus, o Filho do Pai Criador e Providente, e se sentem amados e protegidos por Aquele que os chamou à vida. O Presépio se torna uma amostra grátis do paraíso redescoberto em Jesus, uma versão que supera totalmente a antiga Arca de Noé, pela universalidade e pela redenção oferecida. A alegria natalina toca as origens da humanidade e da Criação, nos mostrando que é possível sim, cuidar da Terra, que a harmonia e a paz são um sonho realizável e uma proposta feliz e viável desde que aceitemos ser amados e transformados plenamente pelo amor desta Criança. É o momento do louvor e da gratidão que nos leva a sentir-nos irmãos e irmãs de todas as criaturas como Francisco de Assis o cristão que a 800 anos percebeu com a sua singeleza e inocência a mensagem mais pura e límpida do presépio, recriando-o de uma forma viva.
Neste Natal não só faremos um presépio mais caprichado e orante, mas vamos torná-lo programa de ação e de vida, assumindo a dignidade de cada pessoa humana, pois todos somos filhos de Deus, e curando e abraçando a Terra nossa Casa Comum, e a cada ser vivo, pois pertencemos a fraternidade da Criação. Um Feliz e Santo Natal, com muita vida e ternura para toda a Terra!
