Na vivência integral da Páscoa, entendemos porque Dom Gueranguer afirmava categoricamente que o cristão era um Aleluia dos pés a cabeça. Entendemos porque Mariategui chamava os cristãos de homens e mulheres da manhã. Sim, porque Cristo – o Sol da justiça – ressuscitou e sua Luz esplendorosa banha e ilumina todas as criaturas e todas as coisas. Não estamos mais submetidos aos caprichos da morte ou da fortuna, romperam-se todas as cadeias que nos aprisionavam e nos deixavam inertes e paralisados.
Cristo Ressuscitado nos chama para a verdadeira liberdade, para uma emancipação total e sem limitações. Instauram-se entre as pessoas novos relacionamentos, alicerçados na fraternidade e amizade selada com o Sangue do Cordeiro. Mas é importante destacar o que se escancara nos ícones bizantinos da Ressurreição, a natureza inteira vibra a vida nova e abundante da ressurreição. Como o Cristo da esperança que surge e emerge de toda a Criação como apreciamos na Sala Auditório São Paulo VI no Vaticano, percebemos a alegria e o gozo em todo ser vivo. Experimentar hoje a Páscoa é sentir-nos profundamente vivos e presentes, descobrindo a beleza inefável da graça e da luz, que anima e colore todo o mundo sanando e esperançando todas as nossas angústias e buscas, fragilidades e paixões.
Ao desejar-nos mutuamente a Páscoa compartilhamos sonhos e propósitos de transformação e renovação que aproximem e concretizem o Reino de paz e fartura, de plenitude e equidade, que o Ressuscitado abre e prepara na Nova Jerusalém que já. Sejamos, pois, ardorosos e entusiastas mensageiros da Páscoa do Senhor, testemunhas do que vimos e ouvimos, amigos da luz e da terra renovada.
Deus seja louvado!