O tema da Campanha do Dia Mundial da Saúde que se celebra na data de 7 de abril desde 1950, trata do direito ao acesso à saúde, direito humano fundamental. Marca o 75º aniversário da OMS, que cada ano se concentra num tema diretamente ligado à saúde pública. Tem razão de ser, pois a situação da saúde de milhões de pessoas está ameaçada no mundo, especialmente depois da pandemia da COVID e do arrefecimento da crise climática.
É importante constatar que, embora mais de 140 países reconheçam a saúde nas constituições, apenas quatro mencionaram como financiá-la. É também conveniente esclarecer que na definição mais abrangente de saúde, da Conferência de Alma Ata, significa um estado de harmonia construído em quatro dimensões: corporal ou física, mental, espiritual e ambiental, o que transcende a medicina hospitalar implicando água potável, ar puro, saneamento básico, nutrição equilibrada, relacionamentos saudáveis, educação e segurança ambiental.
O Brasil, desde o movimento sanitarista e a Constituição de 1988, com a implantação do SUS, tem consolidado direitos. No entanto, percebem-se dificuldades no financiamento e na gestão, como necessidade de garantir a permanência e expansão de projetos como remédios genéricos, mais médicos, médico de família e o atendimento pleno das populações nativas. Seria motivo de honra e justiça social manter a cultura vacinal, voltar às taxas de redução de mortalidade infantil e de expectativa de vida da população brasileira, bem como o aumento do investimento público na saúde, com participação e o controle social.
A saúde é um dos indicadores estratégicos de um desenvolvimento inclusivo e sustentável é um dos sinais de esperança aberta a um futuro promissório para todos/as.
Neste tempo de Páscoa, em que celebramos a vida nova do ressuscitado, que possamos construir e desencadear processos de prevenção, sanação, e cuidado para que a “Saúde se difunda sobre a Terra (Eclo 38,8 )”. Deus seja louvado!