A solenidade martirial dos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo celebra os primórdios e os fundamentos da Igreja Católica, a vitória do cristianismo em Roma. Considerava-se uma verdadeira festa Pascal que mostrava nestas duas colunas eclesiais o duplo movimento de unidade e missão, comunhão e evangelização dos povos e nações. Neste dia, transcendente para a história da Igreja e expansão do Reino, manifestamos nosso amor e fidelidade à Igreja, e, de modo especial, ao Papa nosso querido Pai Comum e Pastor Universal. Reconhecemos na sua pessoa este serviço que chamamos de ministério petrino, vínculo estável e permanente de unidade entre as Igrejas. Ponte e guarida, amparo e bússola, voz firme que assinala e apresenta a Cristo. Relembramos as promessas do Senhor: “as portas do inferno não prevalecerão”.
Com ele confiamos nossas vidas e desvelos sabendo que é portador da esperança que não decepciona nem engana. Como aquela criança num barco que no meio da tempestade parecia não ver o perigo do naufrágio pela força e tamanho das ondas que faziam a nave balançar, ao ser inquirido pelos marujos sobre a sua serenidade respondeu convicto: “Meu pai está no leme!” Sim, em meio às crises da história, dos conflitos e das dilacerações que atravessamos, alguém caminha conosco e sempre inspira, assiste e protege ao Papa que para além das suas condições e recursos humanos dirige e pastoreia com firme ternura a nossa Igreja. E podemos certamente testemunhar nestes onze anos de pontificado do Papa Francisco como ele sempre se revelou para nós um Pai, líder e guia espiritual que não mediu esforços nem limitações físicas, para sempre oferecer o Rosto e o Coração do Bom Pastor que se consome por todo o seu rebanho e leva a sério a frase do próprio Cristo “tenho ainda muitas ovelhas que ainda não estão no redil e vou procurá-las” (Jo 10,16), tratando de ajudar a reunir, agregar e apascentar a toda humanidade.
Sentimo-nos não apenas seguros e animados sob o seu pastoreio luminoso e entusiasta, mas encorajados a caminhar juntos de forma profundamente sinodal e imitá-lo para a edificação de uma Igreja misericordiosa, servidora e solidária, que lava os pés como ele fez, a jovens infratores, aos pobres, indígenas, doentes, mulheres, e todos os que passam por situações de opressão e sofrimento. Deus abençoe e guarde nosso querido Papa Francisco, lhe conceda sempre sabedoria e discernimento para continuar sendo o artesão da paz, o ouvinte incansável, o aliado e amigo dos povos que anseiam por vida e esperança, o protetor das crianças e o incentivador dos jovens, o defensor infadigável das famílias e da família humana, o Cuidador incondicional da Casa Comum. Longa vida ao Papa Francisco, Deus sempre o proteja e não o deixe cair sobre a ira dos seus inimigos!
