No próximo mês de agosto eu completo vinte e um anos de magistério.
Durante todo esse tempo, atuei como educador nos cursos de Direito e Administração, sem contar as grades específicas de curso na UFF (Estatuto do Idoso) e na própria Candido Mendes (Comércio Varejista nas relações de consumo).
Em nenhum desses momentos, nessas duas décadas, eu permiti que um aluno meu fosse para casa com a minha opinião imposta, mas nunca aceitei ele retornar ao lar sem pelo menos ter o direito de ter duas visões sobre qualquer assunto!
Essa história propagada pela extrema direita de que professor é mais perigoso do que um traficante é um absurdo no contexto conceitual e trata-se de mais uma ação orquestrada para fragilizar a busca pelo conhecimento que liberta.
Os professores estão sendo odiados, pois há pais e mães negacionistas, racistas, homofóbicos, gordofóbicos e armamentistas e que estão enlouquecidos de verem seus filhos chegarem a casa com a mente arejada sem os preconceitos existentes no lar.
O professor desconstrói sim! Um bom passador de conhecimentos quebra qualquer narrativa vil trazida aos bancos escolares.
Não estamos impedindo ninguém de pensar diferente de nós. Apenas estamos lutando para que temas sensíveis, muitos deles criminosos, sejam banidos da mente do corpo discente.
A função de um professor de verdade é arejar o aluno e fazê-lo pensar fora da caixinha, muitas das vezes construída por seus responsáveis cheios de ódio e preconceito.
Que possamos continuar lutando por uma sociedade melhor e isso passa por uma educação inclusiva e que mostre ao público que as diferenças são naturais e necessárias, mas o ÓDIO e a INTOLERÂNCIA, são nódulos a serem extirpados.