O hino brasileiro apresenta a Pátria como uma mãe gentil, uma Terra generosa que acolhe a todos/as com a ternura matricial, cordial, e hospitaleira. Isso caracterizou sempre ao brasileiro como uma pessoa alegre, cortês e amável capaz de sempre buscar acordos e ter capacidade de diálogo e negociação engenhosas. Talvez possa ter levado ao jeitinho de composição para evitar confrontos e derramamento de sangue. Essa característica comportamental nos tornou um país de pessoas criativas, com receptividade e abertura para adaptarmo-nos às diferentes situações e desafios.
Nos últimos tempos, mais exatamente desde 2013 vivemos uma realidade de divisão, ódio e intolerância com respeito a posições contrárias que passam a ser consideradas inimigas. Fiéis à vocação cristã e a religiosidade mística que perpassa a alma do brasileiro, devemos no Dia da Tndependência desejar voltar ao perfil de magnanimidade, isto é grandeza de coração e de fineza de trato que sempre nos fez simpáticos e encantadores para o mundo inteiro. Ser patriota é amar e servir a todos os brasileiros, despertar uma corrente do bem, que une os habitantes desta Terra abençoada como protagonistas e atores da cultura do bem viver e conviver. Continuar na visão mesquinha de pensar em eliminar opositores e dissidentes significa entrar num processo de auto destruição e no círculo de ferro da violência e necropolítica. Basta focalizar somente as discrepâncias e contradições, busquemos no espaço do encontro e do entendimento cordial, o consenso maior e generoso capaz de construir uma grande Nação.
Só a fraternidade gera vínculos humanos que possibilitam uma harmonização e reconciliação em torno a valores essenciais e comuns. O Grito dos excluídos deste ano, pergunta-nos “se temos fome e sede de quê?” A resposta correta, é sede de amor, pão, justiça, paz, equidade e de hospitalidade, mas nestas palavras e valores, estará sempre presente Deus que é invocado na Constituição como Protetor e Pai da Nação. Deus seja louvado!